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A energia solar pode ser gerada primeiro no espaço sideral e depois transmitida de volta à Terra?

Jan 31, 2024Deixe um recado

A energia solar pode ser gerada primeiro no espaço sideral e depois transmitida de volta à Terra?

 

À medida que a sociedade cresce e progride, também aumenta a nossa dependência da energia. Com os recursos finitos na Terra e a ameaça iminente das alterações climáticas, tornou-se cada vez mais importante considerarmos fontes alternativas de energia. Uma dessas fontes é a energia solar, que é renovável e abundante. No entanto, os nossos meios atuais de aproveitar a energia solar através de painéis solares no solo têm limitações. Poderia a solução para as nossas necessidades energéticas estar no espaço?

 

Não é segredo que a quantidade de energia solar que chega à Terra é imensa – na verdade, em apenas uma hora, o Sol fornece energia suficiente para abastecer o mundo durante um ano inteiro. No entanto, devido a factores como os padrões climáticos e a rotação da Terra, não conseguimos aceder a esta energia de forma consistente e eficiente. É aqui que entra o conceito de energia solar baseada no espaço (SBSP) – ao recolher energia solar no espaço, seria possível aproveitá-la 24 horas por dia, 7 dias por semana, sem ser prejudicado pelas condições meteorológicas ou pelas limitações da atmosfera terrestre.

 

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A ideia do SBSP não é nova. Foi proposto pela primeira vez em 1941 pelo autor de ficção científica Isaac Asimov, e desde então tem sido explorado por cientistas e engenheiros. O princípio básico por trás do SBSP é este: um satélite no espaço equipado com painéis solares coletaria energia solar e a converteria em eletricidade, que seria então transmitida para a Terra na forma de microondas ou lasers. A estação receptora na Terra converteria então esses feixes em eletricidade utilizável.

 

Existem inúmeros benefícios potenciais para o SBSP. Por um lado, forneceria uma fonte quase ilimitada de energia limpa. Também não ocuparia nenhuma terra na Terra, o que é um problema comum em instalações solares terrestres. Além disso, como o satélite estaria em órbita geoestacionária (o que significa que permaneceria no mesmo local em relação à Terra), a energia poderia ser transmitida para qualquer local do planeta.

 

Contudo, certamente existem desafios a serem superados quando se trata da implementação do SBSP. Em primeiro lugar está a questão da transmissão. A quantidade de energia que precisaria ser transmitida do satélite para a Terra seria imensa, e a transmissão eficiente de energia sem fio em distâncias tão longas ainda não foi alcançada. Além disso, existem preocupações sobre os potenciais impactos ambientais e de saúde da transmissão de grandes quantidades de energia para a Terra.

 

Outro desafio significativo é o custo. Construir e lançar um satélite e infra-estruturas associadas no espaço é um empreendimento dispendioso e exigiria um investimento significativo. A construção da primeira central de energia solar espacial da China está estimada em 300 mil milhões de yuans (cerca de 46 mil milhões de dólares). Este custo provavelmente diminuiria com o tempo, à medida que a tecnologia se tornasse mais avançada, mas ainda é uma barreira significativa a ser superada.

 

Finalmente, existem também desafios técnicos associados à construção do satélite e à sua colocação no espaço. O peso e o tamanho do satélite e dos painéis solares seriam significativos, e lançá-los em órbita geoestacionária exigiria uma quantidade significativa de energia.

 

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Apesar destes desafios, os benefícios potenciais do SBSP são suficientemente significativos para que muitos países e empresas continuem a investir no seu desenvolvimento. Além do anúncio da China, o Japão também explora o SBSP há vários anos. Nos Estados Unidos, a NASA tem investido em pesquisas sobre SBSP, e empresas privadas como a Solaren também têm trabalhado no desenvolvimento da tecnologia.

 

Em conclusão, embora existam certamente desafios a superar, a possibilidade de aproveitar a energia solar no espaço e transmiti-la para a Terra tem um potencial significativo quando se trata de satisfazer as nossas necessidades energéticas de forma sustentável e eficiente. Embora possa levar anos (se não décadas) até vermos uma central de energia solar totalmente funcional baseada no espaço, o investimento contínuo em investigação e desenvolvimento irá, sem dúvida, aproximar-nos deste objectivo.

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